Havia uma época em que os brasileiros tinham esperança em Comissão Parlamentar de Inquérito, pois revelavam esquemas de corrupção, sendo o ponta pé inicial para prender fraudadores do erário público.
Havia uma época em que os brasileiros tinham esperança em Comissão Parlamentar de Inquérito, pois revelavam esquemas de corrupção, sendo o ponta pé inicial para prender fraudadores do erário público. Alguns casos bem sucedidos foram a CPI dos Anões do Orçamento e a CPI dos Correios.
Infelizmente, há tempos não vemos uma CPI bem sucedida. Pelo contrário, se transformaram mais em palco político do que instrumentos de investigação. Quem não se lembra do circo que foi a CPI da Covid? Mais recentemente, a CPI do MST também decepcionou.
Apesar da pouca efetividade, a oposição resolveu instaurar a CPI do crime organizado. Evidentemente, já sabemos o resultado. Se o crime organizado avança no país, mesmo com as ações da Polícia e do Ministério Público, não vai ser um bando de políticos que vai resolver a questão.
Nesse caso, a CPI só terá uma função: desgastar o governo justamente no seu ponto fraco, a segurança pública. Ali, parlamentares poderão denunciar a impunidade, a falta de controle das fronteiras e a disseminação da ideologia do “bandido vítima” – inclusive explorando a fala do presidente sobre traficante e usuários – como fatores causadores da criminalidade. Não vai resolver a questão; mas, se bem conduzida, tem potencial de degastar eleitoralmente o governo Lula. Afinal, as eleições já começaram.
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